LUIZA ANDRIOLLO
Psicanalista Clínica
“Não vemos as coisas como são, mas como somos”.
Essa frase de Anaïs Nin sugere-nos que não existe uma verdade absoluta, no sentido de que “verdades” oriundas da tenra infância começam a cair por terra à medida que o analisante começa a apropriar-se de sua própria vida e, a partir dessa tomada de consciência, um leque de possibilidades abre-se a sua frente.
Trata-se, acima de tudo, de liberdade, a liberdade que mostra-se sem limites pré-definidos, na medida em que o processo analítico avança.
Livro publicado:
ESPASMOS DO ABSOLUTO
A LIBERDADE EM HEGEL E SEUS DESAFIOS
O livro propõe-se a analisar o papel da liberdade na filosofia hegeliana, no intuito de investigar se esta assume uma posição contingencial em seu sistema; ou mesmo, tratando-se ainda de contingência e necessidade, em que medida a primeira se enfraquece em detrimento da segunda.
A dialética, ao ser tomada no âmbito da filosofia política, gera também grandes divergências interpretativas quanto à hipótese de haver ou não liberdade no sistema hegeliano, ou se tratar-se-ia, por outro lado, de um fortalecimento das instituições de tal modo a resultar em um totalitarismo, constituindo-se assim um sistema ortodoxo ou “fechado”.
O Estado e a história universal representam na filosofia de Hegel vertentes aparentemente contraditórias à noção de liberdade, a qual, diante de uma leitura clássica da filosofia hegeliana, assume um papel meramente contingencial, e que, portanto, se enfraqueceria na medida em que o Estado e a história universal se determinassem.
A filosofia hegeliana será estudada em seus termos dialéticos, a fim de tentar-se introduzir, também, a concepção de igualdade. Para tanto, irá-se utilizar da releitura da questão do início da Ciência da Lógica a partir de Schelling, bem como, de uma rápida abordagem da questão da dupla consciência na Fenomenologia do Espírito, especificamente na dialética do senhor e escravo.
O que a igualdade representa para a liberdade em si? Qual a relação que permeia as noções de liberdade e igualdade?
REFERÊNCIAS DA AUTORA:
Simone de Beauvoir
Sigmund Freud
Hilda Hilst
Hermann Hesse
E não esqueças jamais teu grande 'apesar disso'.
Franz Kafka
Somente o poeta juntou as ruínas
De um mundo desfeito e de novo e fez uno.
Deu fé da beleza nova, peregrina,
E, embora celebrando a própria má sina,
Purificou, infinitas, as ruínas:
Assim o aniquilador
Tornou-se mundo.
R. M. Rilke
A vida, apesar de bruta é meio mágica.
Dá sempre pra tirar um coelho da cartola.
Caio Fernando Abreu
Quem olha para fora sonha, que olha para dentro desperta.
C. Jung
Eu é um outro.
Rimbaud
Jean-Paul Sartre
Jacques Derrida
Clarisse Lispector
Amo em ti algo mais que tu.
J. Lacan
Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo.
F. Nietzsche
É com o amor e o cuidado com nossas fases naturais que protegemos nossa vida para que ela não seja arrastada pelo ritmo de outra pessoa, pela dança de outra pessoa, pela fome de outra pessoa.
Clarissa Pinkola Estés
- PEUT-ON CHANGER DE VIE? -